terça-feira, 24 de janeiro de 2012

E se a Luiza não tivesse voltado !

Sinceramente, dei boas risadas com alguns momentos e utilizações do bordão- “Menos a Luiza que está no Canadá”.
Não entendo porque algumas pessoas, inclusive formadores de opinião, se aproveitam de momentos como este para pregar intelectualismo, moralismo e interesses divergentes aos do que a massa se atenta. Carlos Nascimento, profissional que admiro, fez esse tipo de comentário, dizendo que a Luiza já havia voltado e que nós já fomos mais inteligentes. Será ?
O que trago à reflexão aqui é o que podemos tirar de lição destes sucessos “miojos”.
Importante é sabermos de que forma as informações chegam até nós para aí então possamos criar um filtro para selecionar o que devemos reter.
O conceito que mais gosto de inteligência, é o da capacidade de adaptar-se a novas situações e resolver problemas, o que no meu entendimento só começa a fazer sentido em nossas vidas, quando adquirimos experiências e conhecimentos diversos, os quais contribuem para a melhor escolha. È tão complexo este tema, que temos hoje, muitos tipos de inteligência, como emocional, de mercado, competitiva, artificial, entre outras. Aí então é que surge minha pergunta; de que tipo de inteligência estamos falando?
Quando o assunto é inteligência, logo conectamos o conceito à conhecimento e essas palavras acabam até se confundindo, embora sejam muito diferentes. Não basta ter conhecimento para ser inteligente, embora para ser inteligente ter conhecimento é fundamental.
Separando em gerações, podemos dizer que o que acontece é que cada um vive o seu momento. De um lado ouvimos os mais experientes dizerem que “antigamente tudo era melhor” e os menos experientes dizerem que “eles estão ultrapassados”. A atual geração, denominada Y, serão a grande maioria em 2025 segundo estudos, onde certamente viverão seu conflitos com a futura geração. Como dizia Schopenhauer : “Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve”.
Os parâmetros mudam e com eles nossos conceitos. Das quatro gerações (tradicionais, babby boomers,X e Y) todas viveram momentos muito distintos e ao meu ver cada uma marcou da sua maneira. Os tradicionais viveram as guerras e seus ideais, os filhos da guerra já não eram tão patriotas e viveram a guerra fria e as aventuras Matrix, assim como conheceram o surgimento da AIDS. Já a geração Y nasceu com a liberdade, aprenderam rápido que precisava avançar, mudaram a forma de comunicação e até a etimologia de algumas palavras e agora navegam em meio à um mar de informações, que alteraram totalmente a forma de pensar, rir, se expressar, reagir, não que isso seja melhor ou pior, afinal nada deixa de ser fruto do que foi plantado, mas com certeza renova os desafios.
A humanidade se supera a cada dia, seja pela ignorância, seja pelas descobertas. Não podemos negar que temos muitos dejetos nos canais de comunicação atuais, os quais influenciam nas escolhas de massa. Muita coisa deve ser revista, outras incentivadas. Na realidade devemos evoluir com o novo, aprender a lidar com o antigo, inovar.
A Luíza faz parte desta geração Y, mas foi projetada na mídia pelos valores de seu pai X, que mesmo à tendo ausente lhe citou, o que nos resgata os valores da família.
Se a Luíza não tivesse voltado, teria perdido a graça por si só, então ela não teria tirado proveito e
vendido mais que seu pai na campanha, eu não teria escrito esse artigo, as pessoas não teriam rido a toa, enfim, rir é bom, aceitar as diferenças também.
Isso não nos torna mais ou menos inteligentes, mas mais tolerantes, o que hoje em dia é de suma importância.

Minha dica para hoje é: Aprender com as diferenças pode ser muito inteligente

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